quarta-feira, 6 de junho de 2012

A DISTORÇÃO DO AMOR NA DUALIDADE [parte 1]

Na Unidade, estado natural de todo ser, o amor é livre e pleno. Ele é inerente e presente em todos. Mas experiência da dualidade, ao sentir-se isolado de Deus, o ser humano perdeu a consciência e a dimensão de si mesmo, vendo-se pequeno e vazio. 

Na ilusão da separatividade, há um enraizado sentimento de falta e a necessidade de preenchê-la. Assim, o amor se confunde com a dor, pois há o medo dessa falta. O ser humano passa a ansiar o amor do outro para sentir-se valorizado e ter confirmado a sua existência. 

Assim, o amor torna-se condicionado, quer dizer, quando o ser ama, ele necessita que o outro o ame também. Quando não há essa correspondência, há uma profunda dor. 

Mas não é o amor que dói, e sim o apego, a necessidade de confirmação e correspondência do outro, a dependência e a permissão que o outro dite o seu valor. Sendo assim, perder o outro é perder o próprio valor, é perder a referência de si. Então, o ser humano passa a ter medo de perder o amor alheio, por medo de tornar-se insignificante, indigno de ser amado. Dentro deste sistema, o ser humano busca ser amado mais do que amar.

Mas quando ele vai um pouco além da distorção e lembra que é Deus, que é infinitude, que é completo, nesse momento o amor se torna límpido, incondicional. Ele pode amar sem medo, sem precisar que o outro o confirme, porque ele já é pleno e cheio desse amor. Para alguns isto pode parecer algo distante ou utópico, mas é simplesmente o nosso estado natural, e saber disso já traz uma perspectiva elevada, onde é possível vislumbrar a Unidade. Na Unidade não há dependência ou necessidade alguma, porque o ser é um com o todo, e sendo assim, o amor é livre, independente de ser romântico ou entre amigos, ele é um só, e ELE APENAS AMA, sem precisar ser correspondido. O exercicio de vocês na terra é aprender a dar amor, independente do quanto recebem. Esta é a chave para a libertação.

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