sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Esse é o tempo do despertar



Mensagem recebida pelo Grupo Somos Luz em Ação
Esse é o tempo do despertar
É o momento da brisa suave que lhe chama
Abra os olhos querido(a)! Hora de acordar
Escuta a voz que de perto ou longe lhe ama
E com suas mãos está a te mimar

Quero lhe contar doces histórias
Quero lhe trazer a memória
De algo que arde dentro de seu peito
E jamais teve coragem de dizer: Aceito!
Esse é o tempo do despertar.

Todos nós fomos feitos com propósitos distintos
Pois não somos iguais, somos únicos neste recinto
Acorda minha doce criança que hoje evoluiu
Somos sua casa, sua família que jamais partiu.
Escuta o doce som da minha voz e volte a lembrar

Quando era mui pequenino e mal sabias caminhar
Te carregamos no colo, te levamos para passear
Quando sentias fome, cabia a nós, te dar de comer
Momentos felizes ao te ver livre e a  crescer
Esse era o tempo do engatinhar.

Dos seus brinquedos nos lembramos um a um
Das suas fraudas estendidas pelos varais da casa
Daquele singelo sorriso as inúmeras gargalhadas
Que para outros eram mistérios insondáveis
Para nós o doce som celestial do lar

Foi quando você se levantou pela primeira vez
Desafiando o mundo e toda essa incrivel insensatez
Nosso orgulho nossa herança se fez forte e presente.
Pedaço do que somos, o todo de nossa parte singela
Esse era o tempo de começar.

Nessa hora um misto de alegria e tristeza nos invadiu
Aquele(a) doce molequinho(a) de pernas finas se levantou
Suas primeiras palavras já não eram mais direcionadas a nós
E sons novos numa canção antiga, você entoou
Passamos a ser lembrança em teus sonhos ao dormir

Que difícil momento para nós que te observávamos evoluir
Seriam esses os sentimentos que tanto desejavam vocês?
Nessa busca que ousaram começar, acabamos nós, aprendendo
Aprendendo a ouvir mais e  sentir o que chamam de saudade
Esse foi o tempo do iniciar.

E se esqueceram de nós, de vossa verdadeira identidade
Ganharam o direito de caminhar seus próprios destinos.
Sua felicidade nos tornou fortes no momento da separação
Separação essa nunca total, acreditem nisso.
Que pai ou mãe abandonaria o filho?

Suas criatividades e alegrias foram dando espaço ao aprendizado
Perceberam-se logo cedo que não eram iguais aos demais
Seus sentidos e apurados corações lhe mostraram isso
Ou mesmo outros lhe tenham dito isso
Essa foi o tempo do primeiro reconhecimento

Agora como meros expectadores de suas aventuras
Só poderíamos torcer que fossem capazes de escolher bem.
Crianças de nossa Alma no mundo da dualidade
Lembrariam dos reais motivos de estarem aqui nesta hora?
Ou ficariam cativos de uma falsa realidade?

Quantas vezes contamos histórias tão chamativas aos vossos olhos
Como era difícil, penetrar e entender seus pensamentos e sentimentos
Usamos vários recursos para que se identificassem novamente.
Mas a sua porta batia a dúvida e o momento de escolha
Esse foi o tempo da primeira decisão

Muitos só queriam ser como qualquer outra criança “normal”
Queriam exatamente essa vida como se apresenta: doce ilusão.
Pra que ser diferente não é? Por que ser o estranho?
E guardaram dentro de si a sete chaves a verdade
Depois ate se esqueceram, pois não havia mais tempo.

Outros adiaram o momento de se reconhecerem e lembrarem
Não trancaram dentro de si a verdade, só não a encaravam.
Por que agora? Vou esperar um sinal “divino”
E adiaram tanto que foram incapazes mesmo de ouvir.
Até hoje a espera que algo divino aconteça em suas vidas

Poucos foram aqueles que  encararam de frente a verdade
Ao notarem que eram diferentes, aceitaram e se identificaram
Para esses o tempo tornou-se aliado na aventura
E muitas vezes foram taxados de insanos ou excêntricos
Mesmo assim, são o que são, iluminando o mundo.

Três rumos diferentes para nossos amados filhos estelares.
E digo que nunca abandonamos nenhum deles pelas estradas
Seus próprios irmãos também os protegem como pode.
A cada situação empregamos o melhor que temos
Tudo para alcança-los e te-los de volta em nossos braços

São tão poucos os que em algum momento se lembraram
São tão poucos os que aceitam ou aceitaram ser o que são
Vocês estão aqui por motivos descritos nos seus corações
Escolheram estar entre eles por amor e por algo além
Esse é o tempo do despertar.

E mesmo sendo o tempo do despertar, o ciclo não termina ai.
Nossos amados filhos que já se encontram despertos
Tornaram - se nossos adolescentes curiosos e aventureiros
A cada dia trabalham ainda mais na dualidade da casa
É nesse aprendizado que trarão o Novo

Seu retorno, ou a saída do véu da ilusão se faz presente.
Tudo a sua volta passa a fazer sentido, afastando-se do mundo infantil.
Seu desenvolvimento e suas escolhas tornam-se mais sérias
Nossas formas de alcança-los mais maduras e intrigantes ao intelecto
Esse é o novo tempo, Tempo de Ascensão.

Lembrem-se adoradas sementes e trabalhadores da luz
Tudo no universo vive em constante movimento.
É chegada a hora de juntos evoluírem ao próximo estágio
Pois não há ninguém em atraso, ou perdido nesta pequena orbe.
Todos estão onde se propuseram a estar.

Eu sou da Confederação Planetária e vos saudo...

Canalização do Grupo Somos Luz em Ação em 10.07.2011

domingo, 24 de junho de 2012

O Fim da Dualidade

                                                                                                                                 
Texto de Pedro Elias de 18 de junho de 2012


“A luz e as trevas, a vida e a morte, as coisas da direita e aquelas da esquerda, elas são irmãs entre si. Não é possível que se separem. Por isso, nem os bons são bons, nem os maus são maus, nem a vida é vida, nem a morte
é morte.” 

(Evangelho de Filipe)


A dualidade processa-se pelo confronto dos opostos, num atrito constante que vai depurando a substância. Essa é a razão porque a Ciência Esotérica fala do Fogo Fricativo como sendo o Fogo principal nos mundos materiais. Esse jogo dual, tal qual como um tabuleiro de xadrez onde as peças interagem nas experiências necessárias à evolução do mundo, é aquilo que os orientais chamam de Maya, a grande ilusão. Perceber que este jogo não tem por si só realidade concreta, mas que são aqueles que envolvidos neste lhe atribuem essa realidade, é o primeiro passo para que o jogo termine.
Ao longo dos séculos, em encarnações sucessivas, fizemos parte desse jogo, assumindo posições nos dois lados do tabuleiro. Fomos peões brancos e pretos, cavaleiros da luz e da sombra. Fomos bispos, torres e, em alguns casos, reis e rainhas dos dois lados do tabuleiro, alternando ao sabor das vidas consoante as experiências que necessitávamos em função da evolução do próprio jogo. Passámos pelos dois lados e em cada um deles cumprimos o que tínhamos que realizar. Não fomos piores por fazermos parte das hostes negras, nem melhores por estarmos ao serviço das forças brancas. Limitámos-nos a jogar o jogo, movimentando-nos pelo tabuleiro no cumprimento das regras estabelecidas e que sempre foram iguais para os dois lados.
Sobre esse tabuleiro, todos estes personagens criaram as suas estratégias e jogaram na tentativa de um xeque-mate final que fizesse valer as suas hostes sobre as do adversário, sendo que os actores por detrás desses personagens passaram pelos dois lados sem pertencerem a nenhum deles. Luz e Sombra sempre foram as partes necessárias desse jogo dual, onde a ilusão nos manteve presos durante tantas encarnações.
Mas hoje o jogo tem que terminar. Não lá fora no mundo, pois o mundo cumpre apenas a sua função como tabuleiro necessário para que o jogo aconteça, mas dentro de cada um de nós. É isso que os novos tempos nos pedem.
Julgar que esse Novo que está para chegar irá retirar desse tabuleiro de xadrez as peças pretas, deixando apenas as brancas, é mais uma ilusão. Sem as peças pretas o jogo de xadrez não tem como acontecer, ficando as brancas sem utilidade. Ou o jogo existe, e dentro do contexto do mesmo, ambos os lados se manifestam em igualdade, pois nenhum deles é mais importante que o outro, ou o jogo simplesmente deixa de existir e nesse caso tanto as peças pretas quanto as brancas deverão ser guardadas, em conjunto, dentro da mesma caixa e o tabuleiro fechado, ficando apenas aquilo de que tantas vezes fugimos enquanto mergulhados dentro da ilusão desse mesmo jogo que é: A VIDA.
Aspirar à Luz é continuarmos presos na dualidade do mundo e, por isso mesmo, na ilusão. Que aspiremos, sim, à VIDA, à Consciência Pura e Plena, onde não há mais xeque-mates a dar ou a receber, onde não há mais Luz nem Sombra - partes contrárias dessa mesma ilusão -, mas apenas DEUS na unidade de todas as coisas.
E tudo isto é para acontecer dentro de nós, pois será em função dessa transformação que tudo à nossa volta mudará.
Paz Profunda, 
Pedro Elias. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A DISTORÇÃO DO AMOR DA DUALIDADE [parte 2]

Return of Pure Love Pure Light Painting - Jill Spear 

O Amor maior, como sendo a força de coesão da criação e o que existe de mais poderoso, aqui na densidade se encontra sufocado por equivalência, e é sentido como uma ameça à individualidade de cada pequeno "eu". 

Percebo as vezes meu ego apavorado com o vislumbre do Amor maior. Ele recua e diz "seu amar tudo, vou perder o critério, a referência das coisas...". Ele sente que se entregar ao amor absoluto significa se perder - o que é uma verdade - e por associar o amor à dor, provoca uma resistência (natural). Uma onda de amor, que livre é sentida como êxtase, se represada é sentida como angústia ou euforia ansiosa.

A compreensão que chega agora sobre a realidade do amor - através de textos, conversas e insights - está ajudando a quebrar as resistências. Como neste diálogo tirado do livro O Mago De Strovolos, que tornou mais nítida a diferença entre amor absoluto e o amor projetado:

- Imagine que neste exato momento, o ser amado perca seu corpo e você fique privado de sua companhia [...] Você pode amar além da forma?
- Sim
- Então porque não focaliza sua atenção lá? Porque precisa da forma?
- Porque a forma é linda.
- Eu não disse que não é linda, ela é imperfeita. [...] Abandone a imagem. Pare de estar enamorado pelo corpo material. Desdobre-se dentro do amor. Quando eu lhe mostrar aqueles a quem você ama dentro do Amor, você não se importará se eles tem corpos materiais ou não.

Nós impedimos que o Amor flua livre quando o colocamos em moldes (físicos, mentais, emocionais), aí ficamos dependente desses moldes. Essa dependência traz a dor. A idealização e a projeção do Amor é a origem do apego. Amar além da forma significa amar absolutamente, amar o todo - inclusive na forma.

Quando alguém fala "eu amo X, mas não posso ter X, portanto é ruim amar X", há essa distorção. O não ter gera a experiência da falta, sendo que a necessidade do "ter" vem da percepção de estarmos separados de algo, quando na verdade somos tudo (incluindo o X). Neste raciocínio, amar não é o problema.

A dor da falta - que surge projetada em algo ou na forma de uma saudade incialmente abstrata - é a ilusão da separatividade a ser transmutada e liberada. Me foi dito: "Quando sentir a dor da falta, não tenha medo, respire nela, atravesse-a, e verá essa dor ser diluída no Amor que há por trás". É um exercício duro, porque tudo o que sempre fizemos foi tentar abafar essa dor. Há o risco de, ao aceitá-la, nos depararmos com um vazio. Indo além do vazio, no entanto, encontramos a plenitude.

No novo testamento Cristo diz: "A todo aquele que abandonar pai e mãe e filhos por minha causa eu darei cem vezes isso, e pai e mãe e filhos." O que me vem é: abrir mão do amor na forma e se entregar ao Cristo/Consciência crística, que é o amor absoluto. E isso não quer dizer abrir mão dos amados, mas amá-los desse outro ponto, a Unidade. 

Da entrega plena ao Absoluto, o que me vem são apenas vislumbres. Mas ela me parece cada vez mais realizável. A medida que relembramos nossa natureza divina, que a nossa Realidade é o Amor, e que a vivência desse Amor irá nos arremessar para fora da ilusão.

Que a consciência crística presente em nós possa se expandir e nos tomar por completo! NAMASTE! 

A DISTORÇÃO DO AMOR NA DUALIDADE [parte 1]

Na Unidade, estado natural de todo ser, o amor é livre e pleno. Ele é inerente e presente em todos. Mas experiência da dualidade, ao sentir-se isolado de Deus, o ser humano perdeu a consciência e a dimensão de si mesmo, vendo-se pequeno e vazio. 

Na ilusão da separatividade, há um enraizado sentimento de falta e a necessidade de preenchê-la. Assim, o amor se confunde com a dor, pois há o medo dessa falta. O ser humano passa a ansiar o amor do outro para sentir-se valorizado e ter confirmado a sua existência. 

Assim, o amor torna-se condicionado, quer dizer, quando o ser ama, ele necessita que o outro o ame também. Quando não há essa correspondência, há uma profunda dor. 

Mas não é o amor que dói, e sim o apego, a necessidade de confirmação e correspondência do outro, a dependência e a permissão que o outro dite o seu valor. Sendo assim, perder o outro é perder o próprio valor, é perder a referência de si. Então, o ser humano passa a ter medo de perder o amor alheio, por medo de tornar-se insignificante, indigno de ser amado. Dentro deste sistema, o ser humano busca ser amado mais do que amar.

Mas quando ele vai um pouco além da distorção e lembra que é Deus, que é infinitude, que é completo, nesse momento o amor se torna límpido, incondicional. Ele pode amar sem medo, sem precisar que o outro o confirme, porque ele já é pleno e cheio desse amor. Para alguns isto pode parecer algo distante ou utópico, mas é simplesmente o nosso estado natural, e saber disso já traz uma perspectiva elevada, onde é possível vislumbrar a Unidade. Na Unidade não há dependência ou necessidade alguma, porque o ser é um com o todo, e sendo assim, o amor é livre, independente de ser romântico ou entre amigos, ele é um só, e ELE APENAS AMA, sem precisar ser correspondido. O exercicio de vocês na terra é aprender a dar amor, independente do quanto recebem. Esta é a chave para a libertação.