quinta-feira, 7 de outubro de 2010

novocaosmodelocaosextraordinário


O caos é o novo modelo
A primeira vista impossível
Mas quando nos adaptamos ele se torna simples e perfeito
O caos precede a mudança para a Nova Realidade
Por isso só os loucos atravessam o caos
Os normais não lidam bem com a falta de linearidade
A linearidade organizada por grades
Que separam o certo do errado
Quando na verdade o em cima e o embaixo
Ocupam o mesmo espaço
Por isso rasgamos os véus, um a um
Para que a verdadeira realidade se torne visível
O medo vai diluindo nos fluxos elevados
Então seguimos quebrando parâmetros internos e avançando
Enquanto isso acontece, a nossa percepção vai se ajustando
E essa velha realidade vai parecendo mais e mais obtusa
Por isso não há volta. Voltar é impensável.
Essa nova realidade que se expande em nós
Pulsa e emana vislumbres de um amanhã extraordinário
Onde estaremos todos conscientes da Luz.

Kratio Is Sundio Carvelo
[o coração é o carro solar]

E para os mais obtusos um lembrete do genial Walter Bishop:
"Quando você abre a mente para o impossível, as vezes você encontra a verdade."
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Chaos is the new pattern
Impossible at first sight
But when figured it becomes simple and perfect
Chaos precedes the change to the New Reality
That's why only the crazies can go through it
The standard ones get lost out of the linear
The linear organized by grid cells

Which separates the right from the wrong
While in truth the above and the below
Occupies the same space
That's why we rip the veils, one by one
So that the true reality becomes visible
The fear gets thinner by the higher flows
And we procede breaking structures
Our perceptions get adjusted
And this old reality becomes more and more obtuse
That's why we cannot return. Returning is unthinkable
This new reality that grows inside us
Pulsates and projects glimmers of an extraordinary tomorrow
Where we'll be all aware of the Light
"When you open your mind to the impossible, sometimes you find the truth"

sábado, 11 de setembro de 2010

Retornando

 


Onde você está, eu pergunto com os olhos fechados mirando o ponto central da minha cabeça. A oscilação é inquietante. Os fluxos emocionais são recebidos com a frustração de quem por vezes desfrutou do vazio maravilhoso. Este vazio reside aqui, em algum lugar. Quando eu dou atenção suficiente, ele surge. Uma atenção despretenciosa.


Eu, apenas um fragmento, te peço agora por redenção. Arrebata e absorve esta parte tua que pouco entende, mas que sabe da tua existência e anseia voltar para ela. Tu, da mesma forma, olha para o sol e sabe que é parte dele, pois tu queima como ele.


Eu te digo que já tive o suficiente. Fui muito longe, onde a luz não chega. Vivi no escuro o necessário para saber que a tua vontade era, afinal, a minha. Tu me querias por perto, e hoje eu nada mais quero além disso. Nada mais quero. Eu, filha pródiga, retorno ao Lar. E, a cada passo, disponho-me de todas as incoerências, e volto a ser aquela criança com brilho nos olhos. Brilho proveniente do teu Amor.


Inside of me, a child named Freedom. 

"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda!"  JUNG

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Considerações sobre o Caminho...

Estar no Caminho significa rumar à Verdade (também conhecida como Deus) e deixar-se fundir com a Luz e o Amor que lhes são próprios. Quanto mais se caminha, mais fácil se distingue a ilusão da Verdade, e se distingue o eu do Eu.
O que é real está dentro de si, num ponto além da consciência, e o Caminho desemboca nessa realidade interior. A Realidade não se resume ao espaço-tempo nem à forma, embora estes estejam contidos nela, tal como uma plataforma virtual. Para o Caminhante adiantado, o que se percebe com os sentidos é considerado um holograma transitório. Por isso, o termo "Buscadores da Realidade", que encontrei nas obras de Trigueirinho, é também uma designação perfeita, pois o caminhante, não se atendo somente aos sentidos, busca desenvolver e acessar o que está além do tabuleiro.
Com o tempo, o caminhante não somente constata que ele não se resume a seu corpo físico, como também percebe que não é o que sente e nem o que pensa. Este é um processo crescente de desidentificação.
A grosso modo: EMOCIONAL -> MENTAL -> INTUITIVO. Num dado momento da evolução de um indivíduo, o mental se sobressai e passa a dominar o emocional, ou seja, ele não é mais tão levado pelas emoções como antes, pois a mente quase sempre prevalece e conduz as respostas do indivíduo. É importante reconhecer que a mente tem a função de determinar o que é real para a pessoa, muito embora ela seja limitada pelos sentidos e se alimente dela mesma. Dessa forma, tem que a noção de realidade captada pela mente não pode ser parâmetro único para a Verdade. Num momento mais adiante, o intuitivo (inteligência da Alma) se sobressai ao mental, ou seja, não é mais a razão que conduz o ser, a razão torna-se instrumento da Alma.
A Alma (ego superior) vivencia essa experiência material através do corpo físico e da personalidade (ego inferior). No entanto, a personalidade é dotada de livre arbítrio, no qual a Alma não interfere. A medida em que se percorre o Caminho, a mente vai se tornando mais flexível (livre de crenças e aberta a novos conceito e conhecimentos necessários), o emocional mais equilibrado e o intuitivo mais desenvolvido. Isso abre espaço para que a Alma pouco a pouco "participe" dessa experiência material, até que ela assuma de vez a experiência, ou seja, o ego inferior (persona) passa a ser um puro reflexo do superior (Alma), o ser torna-se desperto.
A Verdade é acessada internamente e a nível intuitivo. Porém, o Espírito atua constantemente através da chamada "sincronicidade", para nos orientar e nos ajudar a permancer no Caminho. A sincronicidade é uma das principais formas de comunicação do Espírito ao nível dos sentidos, e ao longo do percurso, ela se faz cada vez mais clara e presente. Com o tempo, torna-se impossível negar o mosaico formado pelos sinais, pelas "coincidências significativas" e pelas confirmações que ajudam a ajustar a mente às informações que emergem de dentro de si, informações que advém da Realidade Maior.
Cada Caminhante é um universo individual que possui um histórico único e, portanto, uma jornada própria. Não se aconselha a tomar como modelo o processo de ninguém, não há fórmula para se chegar à Verdade (e nos tempos atuais isso é ainda mais certo).
Ainda assim, é importante saber que, não importa a maneira em que a jornada é conduzida, em algum momento atravessamos o deserto. É um período conhecido como a "noite escura da alma". Mas essa escuridão é apenas uma percepção resultante do encontro com nossas próprias sombras, para que estas sejam transmutadas.
Neste momento, corremos o risco de nos perder de nós mesmos, de termos "destruída" a nossa tão cutivada auto-imagem. Aqui devemos decidir se abrimos mão ou nos agarramos a ela. Em verdade, a última coisa que o buscador aprende a deixar pelo Caminho é essa auto-imagem a que ele chama de "eu". Só com o despojamento deste "eu" é possível concluir a travessia. Aceitar isto é aceitar a eternidade.

A palavra-chave aqui é , a confiança fermentada durante todo o trajeto. Bendito os que morrem em vida e nascem nela uma segunda vez.

"Buscar a Verdade, vai levar aquele que busca a deixar de existir. E essa 'morte' precisa ser compreendida passo a passo. A Verdade está no Uno, o Uno está no agora. Basta humildade para Ser."  Mirian Coden